TEATRO, EXPANDINDO EMOÇÕES

O teatro não é literatura e nem veículo dela. É uma arte diversa da literatura. Na literatura são as palavras que mediam o mundo imaginário. No teatro são os atores/personagens ,seres imaginários, que mediam as palavras. Na literatura, a palavra é a fonte do homem (personagem). No Teatro, o homem é a fonte da palavra.
                                            Anatol Rosenfeld


             TEATRO NO BRASIL

O teatro brasileiro surgiu quando Portugal começou a fazer do Brasil sua colônia (Século XVI). Os Jesuítas, com o intuito de catequizar os índios, trouxeram não só a nova religião católica, mas também uma cultura diferente, em que se incluía a literatura e o teatro. Aliada aos rituais festivos e danças indígenas, a primeira forma de teatro que os brasileiros conheceram foi a dos portugueses, que tinha um caráter pedagógico baseado na Bíblia. Nessa época, o maior responsável pelo ensinamento do teatro, bem como pela autoria das peças, foi Padre Anchieta.
O teatro realmente nacional só veio se estabilizar em meados do século XIX, quando o Romantismo teve seu início. Martins Pena foi um dos responsáveis pôr isso, através de suas comédias de costumes. Outros nomes de destaque da época foram: o dramaturgo Artur Azevedo, o ator e empresário teatral João Caetano e, na literatura, o escritor Machado de Assis.

Teatro dos jesuítas - Século XVI



Nos primeiros anos da colonização, os padres da chamada Companhia de Jesus (Jesuítas), que vieram para o Brasil, tinham como principal objetivo a catequese dos índios. Eles encontraram nas tribos brasileiras uma inclinação natural para a música, a dança e a oratória. Ou seja: tendências positivas para o desenvolvimento do teatro, que passou a ser usado como instrumento de "civilização" e de educação religiosa, além de diversão. O teatro, pelo "fascínio" da imagem representativa, era muito mais eficaz do que um sermão, pôr exemplo.
As primeiras peças foram, então, escritas pelos Jesuítas, que se utilizavam de elementos da cultura indígena (a começar pelo caráter de "sagrado" que o índio já tinha absorvido em sua cultura), até porque era preciso "tocar" o índio, falando de coisas que ele conhecia. Misturados a esses elementos, estavam os dogmas da Igreja Católica, para que o objetivo da Companhia - a catequese - não se perdesse.


As peças eram escritas em tupi, português ou espanhol (isso se deu até 1584, quando então "chegou" o latim). Nelas, os personagens eram santos, demônios, imperadores e, pôr vezes, representavam apenas simbolismos, como o Amor ou o Temor a Deus. Com a catequese, o teatro acabou se tornando matéria obrigatória para os estudantes da área de Humanas, nos colégios da Companhia de Jesus. No entanto, os personagens femininos eram proibidos (com exceção das Santas), para se evitar uma certa "empolgação" nos jovens.
Os atores, nessa época, eram os índios domesticados, os futuros padres, os brancos e os mamelucos. Todos amadores, que atuavam de improviso nas peças apresentadas nas Igrejas, nas praças e nos colégios. No que diz respeito aos autores, o nome
de mais destaque da época é o de Padre Anchieta . É dele a autoria de Auto de Pregação Universal, escrito entre 1567 e 1570, e representado em diversos locais do Brasil, pôr vários anos.
Outro auto de Anchieta é Na festa de São Loureço, também conhecido como Mistério de Jesus. Os autos sacramentais, que continham caráter dramático, eram preferidos às comédias e tragédias, porque eram neles que estavam impregnadas as características da catequese. Eles tinham sempre um fundo religioso, moral e didático, e eram repletos de personagens alegóricos.
Além dos autos, outro ESTILO TEATRAL  introduzidos pelos Jesuítas foram o Presépio, que passou a ser incorporado nas festas folclóricas, e os pastoris.


Século - XVII
No século XVII, as representações de peças escritas pelos Jesuítas - pelo menos aquelas com a clara finalidade de catequese- começaram a ficar cada vez mais escassas. Este período, em que a obra missionária já estava praticamente consolidada, é inclusive chamado de Declínio do Teatro dos Jesuítas. No entanto, outros tipos de atividades teatrais também eram escassos, pôr conta deste século constituir um tempo de crise. As encenações existiam, fossem elas prejudicadas ou inspiradas pelas lutas da época (como pôr exemplo, as lutas contra os holandeses). Mas dependiam de ocasiões como festas religiosas ou cívicas para que fossem realizadas.
Das peças encenadas na época, podemos destacar as comédias apresentadas nos eventos de aclamação a D. João IV, em 1641, e as encenações promovidas pelos franciscanos do Convento de Santo Antônio, no Rio de Janeiro, com a finalidade de distrair a comunidade. Também se realizaram representações teatrais pôr conta das festas de instalação da província franciscana da Imaculada Conceição, em 1678, no Rio.

O que podemos notar neste século é a repercussão do teatro espanhol em nosso país, e a existência de um nome - ligado ao teatro - de destaque: Manuel Botelho de Oliveira (Bahia, 1636-1711). Ele foi o primeiro poeta brasileiro a ter suas obras publicadas, tendo escrito duas comédias em espanhol (Hay amigo para amigo e Amor, Engaños y Celos).
Século - XVIII
Foi somente na segunda metade do século XVIII que as peças teatrais passaram a ser apresentadas com uma certa frequência. Palcos (tablados) montados em praças públicas eram os locais das representações. Assim como as igrejas e, pôr vezes, o palácio de um ou outro governante. Nessa época, era forte a característica educacional do teatro. E uma atividade tão instrutiva acabou pôr merecer ser presenteada com locais fixos para as peças: as chamadas Casas da Ópera ou Casas da Comédia, que começaram a se espalhar pelo país.
Em seguida à fixação dos locais "de teatro", e em consequência disso, surgiram as primeiras companhias teatrais. Os atores eram contratados para fazer um determinado número de apresentações nas Casas da Ópera, durante todo o ano, ou apenas pôr alguns meses. Sendo assim, com os locais e elencos fixos, a atividade teatral do século XVIII começou a ser mais contínua o que em épocas anteriores. No século XVIII e início do XIX, os atores eram pessoas das classes mais baixas, em sua maioria mulatos. Havia um preconceito contra a atividade, chegando inclusive a ser proibida a participação de mulheres nos elencos. Dessa forma, eram os próprios homens que representavam os papéis femininos, passando a ser chamados de "travestis". Mesmo quando a presença de atrizes já havia sido "liberada", a má fama da classe de artistas, bem como a reclusão das mulheres na sociedade da época, as afastava dos palcos.

Quanto ao repertório, destaca-se a grande influência estrangeira no teatro brasileiro dessa época. Dentre nomes mais citados estavam os de Molière, Voltaire, Maffei, Goldoni e Metastásio. Apesar da maior influência estrangeira, alguns nomes nacionais também merecem ser lembrados. São eles: Luís Alves Pinto, que escreveu a comédia em verso Amor Mal Correspondido, Alexandre de Gusmão, que traduziu a comédia francesa O Marido Confundido, Cláudio Manuel da Costa, que escreveu O Parnaso Obsequioso e outros poemas representados em todo o país, e Inácio José de Alvarenga Peixoto, autor do drama Enéias no Lácio.

Século XIX Transição para o teatro nacional

A vinda da família real para o Brasil, em 1808, trouxe uma série de melhorias para o Brasil. Uma delas foi direcionada ao teatro. D. João VI, no decreto de 28 de maio de 1810, reconhecia a necessidade da construção de "teatros decentes".
Na verdade, o decreto representou um estímulo para a inauguração de vários teatros. As companhias teatrais, pôr vezes de canto e/ou dança (bailado), passaram a tomar conta dos teatros, trazendo com elas um público cada vez maior. A primeira delas, realmente brasileira, estreou em 1833, em Niterói, dirigida pôr João Caetano, com o drama O Príncipe Amante da Liberdade ou A Independência da Escócia. Uma consequência da estabilidade que iam ganhando as companhias dramáticas foi o crescimento, paralelo, do amadorismo.



A agitação que antecipou a Independência do Brasil foi refletida no teatro. As plateias eram muito agressivas, aproveitavam as encenações para promover manifestações, com direito a gritos que exaltavam a República. No entanto, toda esta "bagunça" representou uma preparação do espírito das pessoas, e também do teatro, para a existência de uma nação livre. Eram os primórdios da fundação do teatro - e de uma vida - realmente nacional. Até porque, em consequência do nacionalismo exacerbado do público, os atores estrangeiros começaram a ser substituídos pôr nacionais.
Ao contrário desse quadro, o respeito tomava conta do público quando D.Pedro estava presente no teatro ( fato que acontecia em épocas e lugares que viviam condições "normais", isto é, onde e quando não havia este tipo de manifestação). Nestas ocasiões, era mais interessante se admirar os espectadores - principalmente as senhoras ricamente vestidas - do que os atores. Além do luxo, podia se notar o preconceito contra os negros, que não compareciam aos teatros. Já os atores eram quase todos mulatos, mas cobriam os rostos com maquiagem branca e vermelha.


Século -XIX
Época Romântica
Desde a Independência, em 1822, um exacerbado sentimento nacionalista tomou conta das nossas manifestações culturais. Este espírito nacionalista também atingiu o teatro. No entanto, a literatura dramática brasileira ainda era incipiente e dependia de iniciativas isoladas. Muitas peças, a partir de 1838, foram influenciadas pelo Romantismo, movimento literário em voga na época. O romancista Joaquim Manuel de Macedo destacou alguns mitos do nascente sentimento de nacionalidade da época: o mito da grandeza territorial do Brasil, da opulência da natureza do país, da igualdade de todos os brasileiros, da hospitalidade do povo, entre outros. Estes mitos nortearam, em grande parte, os artistas românticos desse período.
A tragédia Antônio José ou O poeta e a inquisição escrita pôr Gonçalves de Magalhães (1811-1882) e levada à cena pôr João Caetano (1808-1863), a 13 de março de 1838, no teatro Constitucional Fluminense, foi o primeiro passo para a implantação de um teatro considerado brasileiro.

No mesmo ano, a 4 de outubro, foi representada pela primeira vez a comédia O juiz de paz da roça, de Martins Pena (1815-1848), também no teatro Constitucional Fluminense pela mesma companhia de João Caetano. A peça foi o pontapé inicial para a consolidação da comédia de costumes como gênero preferido do público. As peças de Martins Pena estavam integradas ao Romantismo, portanto, eram bem recebidas pelo público, cansado do formalismo clássico anterior. O autor é considerado o verdadeiro fundador do teatro nacional, pela quantidade - em quase dez anos, escreveu 28 peças - e qualidade de sua produção. Sua obra, pela grande popularidade que atingiu, foi muito importante para a consolidação do teatro no Brasil.



Época Realista Metade do Século- XIX
Realismo na dramaturgia nacional pode ser subdividido em dois períodos: o primeiro, de 1855 - quando o empresário Joaquim Heliodoro monta sua companhia - até 1884 com a representação de O mandarim, de Artur Azevedo, que consolida o gênero revista e os dramas de casaca. O segundo período vai de 1884 aos primeiros anos do século XX, quando a opereta e a revista são os gêneros preferidos do público.
Essa primeira fase não se completa em um teatro naturalista. À exceção de uma ou outra tentativa, a literatura dramática não acompanhou o naturalismo pôr conta da preferência do público pelo "vaudeville", a revista e a paródia.
A renovação do teatro brasileiro, com a consolidação da comédia como gênero preferido do público, iniciou-se quando Joaquim Heliodoro Gomes dos Santos montou seu teatro, o Ginásio Dramático, em 1855. Esse novo espaço tinha como ensaiador e diretor de cena o francês Emílio Doux que trouxe as peças mais modernas da França da época.
O realismo importado da França introduziu a temática social, ou seja, as questões sociais mais relevantes do momento eram discutidas nos dramas de casaca. Era o teatro da tese social e da análise psicológica.

Nome de grande importância para o teatro dessa fase é o do dramaturgo Artur Azevedo (1855-1908). Segundo J. Galante de Souza ( O Teatro no Brasil, vol.1), Artur Azevedo "foi mais aplaudido nas suas bambochatas, nas suas revistas, escritas sem preocupação artística, do que quando escreveu teatro sério. O seu talento era o da improvisação, fácil, natural, mas sem fôlego para composições que exigissem amadurecimento, e para empreendimentos artísticos de larga envergadura".


O teatro no Brasil



Fernando Peixoto define bem a história do teatro no Brasil e no mundo em seu livro "O que é teatro", e nos traz referências de datas que ajudam entender sua trajetória no decorrer dos séculos.
A história do teatro brasileiro dramático surgiu em 1564, coincidentemente com a data de nascimento de Willian Shakespeare, quando foi encenado o Auto de Santiago pôr missionários jesuítas, na Bahia.
No Brasil o teatro surge como instrumento pedagógico. Eram Autos utilizados para a catequização dos índios, os quais o padre Manuel da Nóbrega encomendava-os ao padre José de Anchieta.
Já no século XIX (mais ou menos 1838), o teatro fica marcado pela tragédia romântica de Gonçalves Magalhães com a peça: "O Poeta e a Inquisição" e também Martins Pena com "O juiz de paz na roça". Martins Pena com toda sua simplicidade para escrever, porém justa eficácia para descrever o painel da época, teve seguidores "clássicos" de seus trabalhos, como Joaquim Manoel de Macedo, Machado de Assis e José de Alencar.
Foi em 1880 , em Lagos, na Nigéria que escravos brasileiros libertados deram um enorme salto no desenvolvimento do teatro, fundando a primeira companhia dramática brasileira – a Brazilian Dramatic Company .

Em 1900, o teatro deu seu grito de liberdade. Embora tenha enfrentado as mais duras crises políticas do país, conseguiu com muita luta estacar sua bandeira e marcar sua história.
De 1937 a 1945, a ditadura procura silenciar o teatro, mas a ideologia populista, através do teatro de revista, mantém-se ativa. Surgem as primeiras companhias estáveis do país, com nomes como: Procópio Ferreira, Jaime Costa, Dulcina de Moraes, Odilon Azevedo, Eva Tudor, entre outros.
Uma nova ideologia começava a surgir, juntamente com um dos maiores patrimônios do teatro brasileiro: Oswald de Andrade, que escreveu O Rei da Vela (1933), O Homem e o Cavalo (1934) e A Morta (1937), enfrentando desinibido e corajoso, a sufocante ditadura de Getúlio Vargas.
Em 1938, Paschoal Carlos Magno funda o Teatro do Estudante do Brasil. Começam surgir companhias experimentais de teatro, que estendem-se ao longo dos anos, marcando a introdução do modelo estrangeiro de teatro entre nós, consagrando então o princípio da encenação moderna no Brasil.
No ano de 1948 surge o TBC uma companhia que produzia teatro da burguesia para a burguesia, importando técnica e repertório, com tendências para o culturalismo estético. Já em 57, meio a preocupações sócio-políticas surge o Teatro de Arena de São Paulo. Relatos de jornais noticiavam que o Teatro de Arena foi a porta de entrada de muitos amadores para o teatro profissional, e que nos anos posteriores tornaram-se verdadeiras personalidades do mundo artístico.

JACQUELINE LAURENCE, GRANDE DAMA
DO TEATRO BRASILEIRO.

Já em 64 com o Golpe Militar, as dificuldades aumentam para diretores e atores de teatro. A censura chega avassaladora, fazendo com que muitos artistas tenham de abandonar os palcos e exilar-se em outros países.

Restava às futuras gerações manterem vivas as raízes já fixadas, e dar um novo rumo ao mais novo estilo de teatro que estaria pôr surgir.

"...São infindáveis as tendências do teatro contemporâneo. Há uma permanência do realismo e paralelamente uma contestação do mesmo. As tendências muitas vezes são opostas, mas freqüentemente se incorporam umas as outras..." (Fernando Peixoto – O que é teatro).

Fonte: História do Teatro no Brasil
História do Teatro Brasileiro~volume I

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             ADELINA  ABRANCHES



Margarida Adelina Abranches também conhecida por Adelina Ruas (LisboaAnjos15 de Agosto de 1866 — Lisboa, 21 de Novembro de 1945) foi uma atriz de teatro portuguesa.
Filha de Joaquim José Pereira, de Óbidos, e de sua mulher Micaela Justina, de CadavalCercal, onde casaram, Adelina Ruas, teve a sua estreia no teatro com a peça "Os Meninos Grandes" noTeatro Nacional D. Maria II quando tinha somente quatro anos de idade.

Casou em Lisboa, Anjos, a 26 de Julho de 1890 com o empresário do Teatro do Príncipe Real Luís Gonzaga Viana Ruas (Lisboa, Socorro, 1871 - ?), filho de Francisco Viana Ruas, Jr. e de sua mulher Antónia Adelaide de Carvalho. Foi mãe dos atores Luís Ruas e Aura Abranches, que publicou as as suas memórias em 1947.

Ficou conhecida como "a espanhola", devido ao traje com que se estreou no teatro. Iniciou a sua fulgurante carreira no Rio de Janeiro, representando, apesar da sua pequena figura, papéis de ingenua, soubrettes, travestis ou damas galantes. Destacou-se em inúmeras interpretações em peças como Os VelhosAvôPranto de Maria Parda, ou Dama das Camélias onde obteve grande sucesso. Em 1930 fez parte do elenco no filme mudo português "Maria do Mar" de Leitão de Barros, interpretando o papel de Tia Aurélia. Em Portugal trabalhou com Amélia Rey Colaço ao lado de Eunice Muñoz ou Estêvão Amarante. A sua última representação foi em 1944.

Foi condecorada com a Ordem de Santiago da Espada.


                AURA  ABRANCHES




Aura Abranches Ruas Grijó (LisboaAnjos9 de Maio de 1896 - Lisboa22 de Março de 1962) foi uma atriz e dramaturga portuguesa.
Filha do empresário Luís Gonzaga Viana Ruas e de sua mulher a atriz Margarida Adelina Abranches, estreou-se em 1908 no Teatro D. Maria II, na comédia Zefa.

Foi uma das primeiras figuras do teatro português na primeira metade do século XX. Pertenceu ao elenco da Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro. Obteve grande êxito em peças como O Amigo de PenicheAuto da Barca do InfernoConde BarãoBlanchette e A Alegria de Viver.

Como escritora dramática, escreveu Madalena Arrependida, peça estreada no Brasil em 1922Aquele OlharTrês Cães a Um OssoComédia da Vida em colaboração com Branca de Gonta Colaço.

Publicou as Memórias da sua mãe, a atriz Adelina Abranches. Foi casada com o ator Joaquim Pinto Grijó.

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                      ARTHUR ADAMOV


Arthur Adamov (originalmente Adamian) (23 de agosto de 1908 - 15 de março de 1970, foi um dramaturgo francês, e um vanguardista notável, passou a residir em Paris desde 1924 onde publicou: L`Invasion, La Parodie, Tous contre Tous, Le Professeur Taranne, etc. Foi Inicialmente influenciado por Strindberg e pelo surrealismo, depois optou posteriormente por um teatro de temática social e política, seguindo a linha de Bertold Brecht.
                            1968








             LUÍS LEOPOLDO BRÍCIO DE ABREU



Escritor e crítico teatral brasileiro. Natural do Rio Grande do Sul onde nasceu em 1903. Faleceu na cidade do Rio de Janeiro no ano de 1970.
Foi o fundador da revista Comédia e do jornal literário Dom Casmurro.
Autor de peças de teatro, ficção e muitas poesias.

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    BODAS DE SANGUE


Tragédia ( 1933) de García Lorca.
Ambientado no meio rural espanhol, repleto de superstições e costumes arcaicos, fala sobre o destino  inexorável com grande beleza lírica.


      AS BODAS  DE FÍGARO



Comédia em cinco atos e e prosa de Beaumarchais ( 1784).
Escrito após o Barbeiro de Sevilha, mostra os esforços do conde Almaviva para impedir Fígaro de desposar Susana, a quem deseja seduzir. Mas, graças à cumplicidade da condessa e apesar das afrontas de Querubim, Fígaro levará vantagem sobre o conde.




                    DOM JUAN ou O FESTIM DE PEDRA

Comédia em prosa ( 1665) de Molière, composta de cinco atos.
Tendo  encontrado a fonte de seu tema nas obras dos imitadores franceses e italians de Tirso de Molina, Molière buscou aprofundar Dom Juan, personagem em que predominam o cinismo, o orgulho, o gosto pelo desafio.
" Grande senhor, homem cruel", chega ao extremo de considerar Deus como o único adversário digno de si, colocando em cena o problema do ateísmo.


              Gustavo Alberto Accioli Dória 

Crítico de teatro brasileiro ( Rio de Janeiro, 1910 - id.1979),fez parte da Comissão designada para elaborar a regulamentação da lei que reconheceu o exercício da profissão do ator. Durante 22 anos integrou o quadro das Emissoras Associadas (Rede Tupi de Televisão), onde exerceu atividade junto à direção e como redator. Suas críticas de teatro foram publicadas nos jornais O Globo e Folha Carioca. Membro fundador do CICT (Circulo Independente de Críticos Teatrais), foi também um dos fundadores do grupo Os Comediantes. Em 1975, publicou Moderno Teatro  Brasileiro- crônica e suas raízes.


           IRACEMA  DE  ALENCAR



Grande atriz brasileira. Nasceu na cidade de Triunfo em 19 de abril  de 1900 e morreu em Petrópolis, RJ, em 07 de março de  1978.
Seu nome verdadeiro era Ida Hermínia Kerber.
Ela adotou o nome artístico de Iracema de Alencar após protagonizar o filme Iracema (1917).



Trabalhou muito em teatro tendo estrelado várias peças com Procópio Ferreira. Com o filme "Em Família", contracenando com o ator Rodolfo Arena, ambos ganharam prêmios de melhores do ano no cinema.

Faleceu aposentada e revoltada com o fato do governo só lhe ter concedido o valor mínimo da aposentadoria,  no ano de 1978.
Em sua homenagem, recebeu a denominação de uma rua no Município de Triunfo, sua terra natal, logo depois da sua morte.

ZIEMBINSKI, IRACEMA DE ALENCAR  E HENRIETTE MORINEAU EM
" PERDA IRREPARÁVEL"

Organizou sua própria companhia, trabalhou na companhia de Jaime Costa ( 1931) e na Companhia de Artistas Unidos ( 1954).

FILMES EM QUE TRABALHOU:
TELEVISÃO:
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                        FANNY ABRAMOVICH



Pedagoga brasileira, nasceu na cidade de São Paul em 1940.
Através do Centro de Educação e Artes, que dirigiu durante sete anos, conseguiu que a educação artística fosse incluída no currículo escolar.
A convite do Ministério da Educação, deu cursos, durante dez anos, para formar professores e todo o Brasil, nas matérias Teatro e Educação e Criatividade em Educação.
Faz críticas literárias em diversos jornais e colabora em publicações especializadas em educação. Organiza a série Novas Buscas em Educação, além de coleções infanto-juvenis.
Principais obras:
-Teatricina
-O estranho mundo que se mostra às crianças
- Que educa quem.







RAUL  GONZÁLEZ GARCIA   
O Teatro cubano tem, como seu principal e maior representante Raul González de  Garcia, apelidado por um amigo de Cascorro, ficando conhecido dessa maneira.

Raul Gonzalez Cascorro (1922-1985), nascido em 13 de junho de 1922, em Cascorro pequena aldeia na província de Camaguey , Cuba , filho de   Sixto e Amélia, falecido, o primeiro em 1936 e a mãe em 1985.
 Era conhecido como "The Boy Cascorro" e, assim, formalizou a ideia de amor pelo seu povo  onde passou os primeiros 17 anos de sua vida.
  Posteriormente mudou-se para Camaguey, para ficar com parentes. Tinha apenas  4 ª série  do ensino fundamental. Frequentou a escola primária e  começou a aprender nas primeiras letras com Gudelia Galindo,  na Escola Pública  sob  n º 42.  Cascorro, não foi capaz de continuar seus estudos por não existir naqueles tempos. mais facilidades  nesse setor.
Iniciado em 1931 para desenhar e escrever nas páginas com as crianças apenas 9 anos, primeiro com a "Mãe do Céu", em "Sinais" na quinta-feira e, em seguida, em "The World" de domingo com "Madabeli", que está com seus desenhos, palavras cruzadas e composições em prosa e verso. Nessa fase, foi alegre,  brincalhão,  mas ele passou muito tempo lendo e pintando, e também tinha suas preferências em visitar a zona rural, passeios a cavalo ou de ir ao cinema, essas opções foram se tornando cada vez  menores.  Quando  Cascorro  tinha 14 anos seu pai morreu.
Em 1936, deve juntar-se a trabalhar no armazém geral que tinham, havia venda de todas as cordas, facões, alimentos, etc, uma vez que foi visitado pelos camponeses foi familiarizado com eles, sua iniciação foi espontânea e os seus temas foram variados com idade e experiência acumulada.
Ganhou no ano de  1941  a medalha dos primeiros Jogos florais da província com um poema Flor Natural Gold.
Em maio de 1942 começou a trabalhar nos escritórios de ferrovias como datilógrafo temporário em  Camagüey,  para, em seguida, tornar-se assistente no Departamento de Estradas e Obras e Administração, datilógrafo  e assistente do departamento de Segurança.
Graduou-se como um contador  na Escola Profissional de Comércio Camagüey em 18 de outubro de 1945. Este ano, ele foi selecionado como um dos melhores compositores, poetas  de Camagüey Radio Network.
Em 1946 ele publicou seu primeiro livro de versos Reason.


De 1950 ligou os problemas sociais do povo como sua obra literária, produto irreal da má literatura que ele chegou em revistas, principalmente por causa da falta de leituras orientação adequada antes. Ele foi  membro do Povo de Cuba Parito Ortodoxa. Parte do Provincial Comitê Organizador dos primeiros atos de Marti semana. Escreveu como uma homenagem ao nosso herói " José Martí ""  ESTRELA MAIS BRILHANTE.


Estudou gratuitamente na faculdade de educação da Universidade de Havana, graduando-se Doutor em Pedagogia em 9 de novembro de 1951. Ganhou a  terceira menção na competição nacional Hernandez Cata com o "Tale Como todos "júri formado por Jorge Manach , Juan Marinello , Raimundo Lazo , Fernando Ortiz e Antonio Barreras . Ganhou terceira menção na competição internacional Hernandez Cata com "O filho de Roger do Mocho". é encenada no Teatro Principal em Camaguey em 28 de outubro, o poema de Tatro " brilhante palavra "sobre os Direitos Humanos na Semana da Organização das Nações Unidas .
Obtidos em 1952 pela concorrência de professor na Escola de Comércio ensinar Geografia e Civica Geral internamente como ele alcançou a aposentadoria de professor.
  • Ele publicou seu primeiro livro de contos "Cinquentenário".
  • Hernandez Cata Necional Obtém Award por sua história "A Cadeia" de raízes sociais profundas.
  • Recebeu a homenagem da Província Rotary e Lions Club.
  • Ele foi honrado na sociedade de Instrução e Recreio "A Aliança" Cascorro.
  • Ele começou a publicar suas histórias em Bohemia e Posters.
  • O Ministro da Educação publica a Antologia de Narradores cubano que aparece antologizada, este trabalho foi dirigido por Salvador Bueno.
  • Ao tornar-se efetivo em 1953 a aposentadoria do professor, em oposição à nomeação era óbvio e ganhou uma nomeação  recomendada pela esposa de Fulgencio Batista .
    Este ato arbitrário provocou uma greve prolongada, liderada por líderes estudantis, Manuel Manso Lefran e Humberto Rodriguez participou nesta caças tão numerosos estudante Rodolfo Ramirez Esquibel, Gregory Reed, Noel Cabrera e Francisco Sánchez Avila.
    Comecou  a estudar Ciências Empresariais da Universidade de Havana, que deixou inacabado em seu último ano a ser oferecido trinufar da Revolução e alterações relacionadas à sua vocação.
    Assistido na distribuição de material ilegal mão de um parceiro que trbajaba em uma bilheteria: Rafael Esteban e Raul Peña Braseras, também realizou este trabalho no Canadá, com Alfredo Alvarez Banco Mola que forneceu materiais para distribuição nas ferrovias.
    Ciclo Marti leciona na Escola de Comércio, a fim de divulgar as ideias políticas de Marti, sua figura tão revolucionário e que constituía de modelo para a juventude. Este ciclo culminou com o único tributo caracterizado no centro para o centenário do nascimento de José Martí.
    Entre os alunos estão pendentes Noel Sánchez Avila. Durante a fase insurrecional trabalho ideológico realizado pelo Departamento de Estudos Sociais ensinado.
    Em 1954 casou-se com Gemma Rodriguez Gutierrez, de cuja união nasceram oito filhos.


    Obteve o conto Primeiro Concurso Internacional Award Trimestral Permanente "El Nacional" no México, com "A Penny para que sua alma Sol" permanete . Este concurso foi para todos os escritores latino-americanos.
    Forneceu grupo de liderança "Novo", que visa desenvolver o movimento literário e artístico de Camaguey, o seu lema era "Arte e Cultura".
    Recebeu Prêmios Menção Honrosa, em Nova York Floral na composição prosa.
    Em 1955, o grupo "New" organiza seu trabalho começando com o nome New Time.

     PEQUENA  HISTÓRIA DO TEATRO


O teatro surgiu a partir do evolução humana ,de acordo com as  suas necessidades. O homem primitivo era caçador e selvagem, por isso sentia necessidade de dominar a natureza. Através destas necessidades surgem invenções como o desenho e o teatro na sua forma mais primitiva. O teatro primitivo era executado  através de uma espécie de dança coletiva, na qual eram discutidas problemas acontecidos no seu dia a dia uma espécie de ritual de celebração, agradecimento ou perda. Estas pequenas evoluções deram-se com o passar de vários anos. Com o tempo o homem passou a realizar rituais sagrados na tentativa de apaziguar os efeitos da natureza, harmonizando-se com ela. Os mitos começaram a evoluir, surgiram as  danças miméticas.


Com o surgimento da civilização egípcia os pequenos ritos tornaram-se grandes rituais formalizados e baseados em mitos. . Os mitos possuíam regras de acordo com o que propunha o estado e a religião, eram apenas a história do mito em ação, ou seja, em movimento. Estes rituais propagavam as tradições e serviam para o divertimento e a honra dos nobres. Na Grécia sim, surge o  verdadeiro teatro. Surge o “ditirambo”, um tipo de procissão informal que servia para homenagear o deus Dioniso (deus do Vinho). Mais tarde o “ditirambo” evoluiu, tinha um coro formado por coreutas e pelo corifeu, eles cantavam, dançavam, contavam histórias e mitos relacionados a Deus. A grande inovação deu-se quando se criou o diálogo entre coreutas e o corifeu. Cria-se assim a ação na história e surgem os primeiros textos teatrais. No início fazia-se teatro nas ruas, depois tornou-se necessário um lugar. E assim surgiram os primeiros teatros.
Durante o período clássico da história da Grécia (século V a.C.) foram estabelecidos os estilos mais conhecidos de teatro: a tragédia e a comédia.   Os dramaturgos de maior importância desta época foram Sófocles e Ésquilo. A ação, diversos personagens e temas cotidianos foram representados nos teatros gregos desta época.
Não podemos deixar de destacar também o dramaturgo ateniense Aristófanes. Suas comédias eram imensamente satíricas, as quais  criticavam diversos aspectos sociais e políticos da sociedade ateniense.

Nesta época clássica foram construídos diversos teatros ao ar livre. Eram aproveitadas montanhas e colinas de pedra para servirem de suporte para as arquibancadas. A acústica (propagação do som) era perfeita, de tal forma que a pessoa sentada na última fileira (parte superior) podia ouvir tão bem a voz dos atores, quanto quem estivesse sentado na primeira fileira.

Os atores representavam usando máscaras e túnicas de acordo com o personagem. Muitas vezes, eram montados cenários bem decorados para dar maior realismo à encenação.

Os temas mais representados nas peças teatrais gregas eram: tragédias relacionadas a fatos cotidianos, problemas emocionais e psicológicos, lendas e mitos, homenagem aos deuses gregos , grandes feitos heroicos, e censuras direcionadas aos políticos e ao governo.Os atores, além das máscaras, utilizam muito os recursos da  mímica. Muitas vezes a peça era acompanhada por músicas reproduzidas por um coral.


O Teatro de Dionisio  em reconstituição do século XIX.




Seu florescimento ocorreu entre os anos de 550 a,C e 220 a.C, tendo seu ponto  máximo cultural  na cidade de Atenas, na Grécia. que neste período também conheceu seu esplendor, A expansão do teatro começou a se espalhar por toda  a área de influência grega, desde a  Ásia Menor até a Magna Grécia, além, de todo o  norte da África.. Seu exercício depois foi absorvido pelo povo romano  que o levaram até as suas mais distantes províncias, e  tornou-se um ponto de referência importantíssima em toda a cultura ocidental até os nossos dias! 




Peça: Monólogo

Gandhi, Um Líder Servidor

Direção: Miguel Filiage
Duração: 50 minutos
Recomendação: 12 anos




Em convincente caracterização, João Signorelli revive Mahatma Gandhi (1869-1948) no monólogo escrito por Miguel Filiage e Bene Catanante. Numa espécie de palestra, o líder pacifista indiano aponta possíveis soluções para os conflitos mundiais e repassa sua biografia na forma de uma agradável conversa. Estreou em 23/6/2003. Até 25/5/2014.





TEATRO RUTH  ESCOBAR



                                 OS COMEDIANTES

Grupo teatral carioca formado em 1941. Coordenado por Brutus Pedreira, assessorado por Santa Rosa e Luísa Barreto Leite e, mais tarde, por Gustavo Dória e Agostinho Otávio, foi responsável pela renovação estática do teatro brasileiro. Entre os espetáculos da companhia destacam-se:
- Desejo, de O'Neill
-A rainha morta, de  Montherlant
-Vestido de noiva, de Nélson Rodrigues, com a direção de Ziembinski.


Com Os Comediantes entrosaram-se os vários elementos de montagem teatral e, transferiu-se para o diretor o papel mais importante da encenação, que até então pertencera ao grande ator. A principio amador, o grupo teve uma fase profissional, mas alguns fracassos financeiros obrigaram ao encerramento de suas atividades no final da década de 40, quando já era dirigido por Miroel Silveira.
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                 COMÉDIA  ITALIANA




Nome com que eram designadas, na França, as diversas companhias italianas, do séc. XVI até o séc.XVIII, que se apresentavam em Paris, frequentemente a chamado dos soberanos franceses.
Ao se criar a Comédie-Française, os italianos eram os únicos empresários do Hôtel de Bourgogne. Expulsos da França em 1697 por causa de uma peça  que ofendiam Mme. de Maintenon, só em 1716 obtiveram permissão para voltar. Para reconquistar o público francês, cansado do teatro à italiana, em meados do séc.XVIII apresentaram,em francês, peças de autores como Marivaux e Lesage.

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                  COMÉDIA FRANCESA



Sociedade dos Comediantes Franceses ou do Teatro Francês, nascida da fusão, em 1680, da companhia do  Hôtel de Bourgogne e dos comediantes de Molière, ordenada por Luís XIV para concorrer com os Comediantes Italianos.
Dissolvida em 1792 e reconstituída  em 1804, data da qual se instalou no Palais- Royal, recebeu novas regulamentações graças ao decreto assinado por Napoleão em Moscou, em 1812.
Sob a direção de um administrador, executa um repertório principalmente clássico, mas também aberto às obras e montagens modernas.

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    TEATRO DA COMÉDIE-FRANÇAISE



Localiza-se em Paris.
Criado em 1786, por V. Louis, como dependência do Palais-Royal.
A sala, que comporta 900 lugares desde a renovação de 1976, é coberta por uma cúpula pintada por A. Besnard.
O prédio abriga obras de arte ( bustos de escritores e artistas) e uma biblioteca, onde se encontram valiosos manuscritos.

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      ABILIO PEREIRA DE ALMEIDA



Dramaturgo, autor e cineasta brasileiro ( São Paulo, 1906-1977).
Trabalhou na Cia. Cinematográfica Vera Cruz dirigindo, entre outros, os filmes: Sai da frente (1952) e Candinho ( 1954).
Foi o escritor brasileiro mais montado pelo TBC. Suas peças abordam geralmente os conflitos da burguesia industrial paulista: Santa Marta Fabril ( 1955), Moral em concordata( 1956).
Participou do elenco de sua primeira peça, Pif-paf ( 1942) e de diversos filmes, como Sinhá Moça ( 1953).
Várias de suas obras teatrais foram adaptadas para o cinema.


               ROSA   DAMASCENO




Atriz portuguesa ( São Pedro da Cova, Gondomar, 1849- Gradil, 1904).
Estreou em 1867 nas peças A mãe dos Pobres e O xerez da viscondessa, tornando-se em pouco tempo a maior ingênua do teatro português.
Fez duas tournées no Brasil.
Filha de pai militar, Francisco de Paula Rosado ( Elvas 1810 - ?) , veio para o Alentejo com a mãe, Maria da Conceição de Macedo (Lisboa - ?) , após a morte deste.
Estreou-se como atriz numa companhia ambulante, com a qual percorreu o país. Por intermédio de Marcolino Pinto Ribeiro, um antigo ator do  Teatro Nacional D.Maria II e do comissário régio Luís da Costa Pereira, apresentou-se ao público de Lisboa no Teatro da Trindade , em 1867 .. Foram as peças A mãe dos pobres, de Ernesto Biester, e  Xerez da Viscondessa. A partir daí fez sucesso na opereta e permaneceu no Teatro Nacional D.Maria II e no Teatro D. Amélia. Rosa Damasceno fez uma digressão ao Brasil em 1892
Era casada com o ator Eduardo Brazão. 
Teve um filho natural, Manuel Maria Damasceno Rosado (Lisboa,  Encarnação, 1867 - 1925), que se dizia ser filho do Rei D.  Luís I de Portugal, e que casou com a sua cunhada Júlia Emília Brasão (Lisboa, Santa Justa  16 de Dezembro de 1864 - ?), com descendência.
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OTO CARLOS BANDEIRA DUARTE FILHO

Escritor  a ator brasileiro ( Rio de Janeiro, 1904 - 1964).
Traduziu onze peças francesas, entre as quais O Avarento, de Moliére.
Publicou o romance O Homem que salvou a Terra e biografias.
Iniciou uma História Geral do Teatro, da qual foram publicados cinco volumes e que deixou incompleta.
Foi ator de cinema e assistente de direção e diretor de diálogos em O Descobrimento do Brasil ( 1937).
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              PIERRE DEBAUCHE

Ator e diretor belga ( Namur 1930).
Fundador ( 1965) do teatro dos Amandiers, em Nanterre, consagrou-se depois à direção. Criou  um festival anual de arte e cultura e incentivou as representações em línguas estrangeiras. É também autor de um libreto de ópera; Que horas serão em Valparaíso?( 1975)
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         CONSUELO DE CASTRO

Dramaturga brasileira ( Araguari, MG, 1946), autora de Prova de Fogo ( 1968), A Flor da pele ( 1969), O porco ensanguentado ( 1971), Caminho de volta ( 1974), Iluminado ao sol do novo mundo ( 1976), O grande amor de nossas vidas ( 1978), O louco circo do desejo ( 1985), etc. Prêmio Molière de 1974.
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     CLAUDIO CORRÊA  E  CASTRO




Ator brasileiro ( Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 1928 - 16 de agosto de 2005).
Estreou no teatro em 1954.
Participou da companhia Tônia-Celi-Autran.
Seu maior desempenho nos palcos foi em Galileu Galilei, de Brecht, no Teatro Oficina em  1969.
Formou-se em pintura pela Escola Nacional de Belas Artes, Enba, e em direção pela Fundação Brasileira de Teatro, FBT.
Fez a princípio, teatro, cinema, e posteriormente foi para a televisão, e a ela se dedicou inteiramente durante sua carreira.




Apareceu na TV Excelsior fazendo “A Muralha”, “Dfez Vidas”, no papel do Visconde de Barbacena, depois fez “Sangue do Meu Sangue”; “A Menina do Veleiro Azul”, “Os Estranhos”.
Esteve a seguir na TV Globo, para passar imediatamente para a TV Tupi de São Paulo, onde ficou por oito anos consecutivos.
Na Tupi fez “Meu Pé de Laranja Lima”; “Nossa Filha Gabriela”; “Signo da Esperança”; “Camomila e Bem-Me-Quer”; “Mulheres de Areia”; “Os Inocentes”; “A Viagem”; “Xeque-Mate”; “O Julgamento”; “O Profeta”.
Fazia ao mesmo tempo cinema e também teatro.
Foi por essa época que fez o papel principal no teatro em “Galileu, Galilei”, com imenso sucesso.




Depois dessa fase, voltou para a s TV Globo, onde permaneceu até o fim.
Começou em 1978, em “Dancin’ Days”. 
A seguir estão algumas das novelas que ele fez na Rede Globo de Televisão:
“A Gata Comeu”; “Paraíso”; “Transas e Caretas”; “Hipertensão”; “Bambolê”; “Tieta”; “O Dono do Mundo”; “Deus nos Acuda”; “Pátria Minha”; “Incidente em Antares”; “O Rei do Gado”; “Anjo de Mim”; “A Padroeira”; “O Quinto dos Infernos”; “Esperança”; “A Casa das Sete Mulheres”; “Kubanacan”; “Chocolate com Pimenta” e algumas outras. Além de novelas, Cláudio participou de minisséries de sucesso e ainda alguns seriados.
Claudio Corrêa e Castro foi um dos principais nomes da dramaturgia nacional.

Cláudio Corrêa e Castro morreu no Hospital das Clínicas de Niterói, aos 77 anos, de falência múltipla dos órgãos. Sofria hipertensão e diabetes e havia passado por uma recente cirurgia. Em 26 de abril de 2005, submeteu-se a uma bem-sucedida cirurgia cardíaca, tendo alta em 6 de maio. Mas voltou a ser internado para tratar de um quadro infeccioso decorrente de ferida operatória na perna esquerda e no antebraço esquerdo.

Fontes; Larousse... p: 1240
http://www.alemdaimaginacao.com/Obituario%20da%20Fama/Claudio%20_Correa_Castro/Claudio_Correa_e_Castro.html

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JOÃO ESTEVÃO WEINER BETHENCOURT


Comediógrafo e diretor de teatro brasileiro, nasceu em Budapeste em 1928.
Autor, entre outras de;
-A ilha de Circe..............
-Como matar um playboy....
-A mãe que entrou em órbita........1964
-Vidas de El Justiceiro...................1965 do qual Nelson Ferreira dos Santos fez um filme|).
-Dois fragas e um destino...............1966
Entre seus trabalhos destaca-se Divina Sarah, de 1963.
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              A    DANÇA DA MORTE

Peça de Strindberg, datada de 1901, sobre o inferno da vida conjugal, na qual marido e mulher são adversários mesquinhos e sórdidos.
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NÃO IR AO TEATRO É COMO FAZER A TOILETTE SEM ESPELHO!
  Arthur Schopenhauer



O TEATRO É O PRIMEIRO SORO QUE O HOMEM INVENTOU PARA SE PROTEGER DA DOENÇA DA ANGÚSTIA!
 Jean Barrault
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Vamos dar um passeio em épocas passadas?





As apresentações teatrais na Idade Média estavam fortemente vinculadas às cerimônias religiosas católicas que se realizavam no interior das igrejas, por ocasião de datas importantes, como o  Natal, a Páscoa, etc.
Representavam-se assim os mistérios e milagres ( peças que tratavam da vida de Cristo, de passagens da Bíblia ou da vida de santos), e as moralidades ( peças de claro simbolismo moral, em que as personagens pecadores sofriam terríveis punições que apavoravam e alertavam os espectadores sobre os perigos do Mal).

Ilustração de um livro do século XV. Nela se vê a apresentação de atores ambulantes, em aldeia medieval.

Com o tempo, os espetáculos começaram a tratar também de temas não-religiosos ou profanos. Nasceram assim, fora da igreja, as farsas, peças satíricas que divertiam o público, pois havia muita brincadeira em cena, num tipo mais visual do que verbal.
Pode-se dizer que antes de  GIL VICENTE, no século XVI, o teatro propriamente dito não era conhecido em Portugal. Seu teatro expressa uma visão extremamente crítica da sociedade da época. Censura a hipocrisia dos religiosos que não fazem o que pregam e não honram o catolicismo; denuncia os exploradores do povo, sejam juízes ou sapateiros. Aponta a imoralidade das alcoviteiras e satiriza os velhos sensuais que correm atrás das jovens.Ridiculariza os supersticiosos e os charlatões.
Seu teatro é claramente um teatro de fundo moralista, que critica a corrupção da sociedade e vê na religião católica o única caminho de salvação. Na verdade, GIL VICENTE está vivendo numa época de crise dos valores medievais. As cidades estão crescendo, as atividades comerciais burguesas estão se desenvolvendo e uma nova sociedade, com outros valores, está sendo construída. As ideias do Renascimento, que já se espalham para fora da Itália, começam a chegar em Portugal.

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